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Agronegócio

Mercado de trigo inicia colheita no Sul, mas preços seguem em queda e negócios são lentos

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O mercado de trigo no Brasil enfrenta um cenário de negociações lentas e preços em queda, mesmo com o início da colheita no Sul do país. Levantamentos do Cepea e da TF Agroeconômica mostram que moinhos permanecem abastecidos, a oferta mundial está ampla e a proximidade da entrada de novos volumes da safra 2025 tem reforçado a pressão sobre as cotações internas.

Colheita avança no Sul, mas demanda é limitada

No Rio Grande do Sul, produtores seguem focados nos trabalhos de campo, enquanto as moageiras, com estoques garantidos até outubro, mostram pouco interesse por novos lotes. O trigo pão comum disponível é cotado a cerca de R$ 1.330/t FOB, mas a procura é fraca. Já a safra nova, que começa em setembro, ainda não atrai compradores. Estima-se que 90 mil toneladas já tenham sido comercializadas, sendo 60 mil para exportação e 30 mil destinadas a moinhos locais.

Em Santa Catarina, os primeiros lotes de trigo novo já aparecem, mas a produção deve ser 16,77% menor que no ano passado. Mesmo assim, os preços pagos ao produtor continuam caindo, variando entre R$ 72,00 e R$ 76,00 por saca, dependendo da região. Essa pressão aumenta a dificuldade para os triticultores, que enfrentam margens cada vez mais apertadas.

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Paraná tem boas condições de lavouras, mas preços abaixo do custo

No Paraná, onde 83% das lavouras estão em boas condições, a colheita já começou. Lotes de trigo novo são oferecidos no norte do estado entre R$ 1.380 e R$ 1.400/t FOB, mas o custo do frete até os moinhos reduz a competitividade. Nesse cenário, o trigo importado do Paraguai e da Argentina se torna mais atrativo, pressionando ainda mais o mercado interno.

Na última semana, os preços pagos aos agricultores paranaenses recuaram 3,17%, para uma média de R$ 73,05 por saca. O valor já está abaixo do custo médio de produção, calculado em R$ 74,63 por saca, o que significa que muitos produtores estão operando no vermelho.

Queda generalizada nas cotações

Os preços médios do trigo em agosto/25 confirmam a pressão negativa:

  • Rio Grande do Sul: R$ 1.291,08/t, queda de 2% frente a julho e de 12,2% em relação a agosto/24.
  • Paraná: R$ 1.433,50/t, baixa de 2,9% no mês e 9,4% no ano.
  • São Paulo: R$ 1.431,12/t, recuo de 4,6% frente a julho e 12,6% em 12 meses.
  • Santa Catarina: R$ 1.432,41/t, quedas de 0,6% no mês e 7,6% no ano.
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Segundo o Cepea, além do avanço da colheita, fatores como a taxa cambial em patamares mais baixos, as boas perspectivas de produtividade e a oferta abundante no mercado internacional ajudam a manter a tendência de queda nos preços internos.

Produtores enfrentam margens negativas

Embora o mercado futuro tenha oferecido margens positivas ao longo do ano, a proximidade da colheita reduziu o potencial de lucro. Com custos elevados e concorrência crescente dos grãos importados, os produtores brasileiros de trigo enfrentam um momento delicado, já operando em prejuízo em algumas regiões.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Manutenção preditiva revoluciona a irrigação por gotejamento no campo

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Tradicionalmente, a manutenção de sistemas agrícolas era feita apenas após a ocorrência de problemas: quando uma falha surgia, a operação precisava ser interrompida para reparos, gerando prejuízos e atrasos. Atualmente, a lógica está mudando. Sensores, monitoramento contínuo e análise de dados permitem que produtores identifiquem falhas antes que elas comprometam a lavoura, transformando a manutenção em uma prática preventiva e estratégica.

No caso da irrigação por gotejamento, pequenas variações de pressão ou fluxo podem indicar desgaste ou obstrução dos emissores. Detectadas precocemente, essas irregularidades podem ser corrigidas antes de afetar a eficiência do sistema, evitando desperdício de água e energia.

“O futuro da irrigação passa por monitoramento contínuo e interpretação de dados. Um pequeno desvio já pode revelar problemas maiores se não for detectado a tempo”, afirma Elidio Torezani, engenheiro agrônomo e diretor da Hydra Irrigações, revenda pioneira da Netafim no Brasil.

Inteligência aplicada à irrigação

A manutenção preditiva depende de tecnologia avançada e análise constante. Sensores instalados ao longo do sistema verificam parâmetros como pressão, vazão e uniformidade da irrigação. Quando algum indicador foge do padrão, o produtor recebe alertas imediatos, permitindo ações rápidas e precisas.

“Esses sistemas tornam a manutenção mais eficiente. É possível identificar um ponto crítico antes que ele comprometa toda a irrigação, reduzindo perdas e aumentando a vida útil dos equipamentos”, destaca Torezani.

Redução de custos e maior previsibilidade

Além de reduzir gastos com reparos emergenciais, a manutenção preditiva transforma a gestão da irrigação. Com dados precisos, o produtor consegue planejar intervenções no momento ideal, evitando interrupções e desperdícios de água.

“Quando o agricultor sabe exatamente quando agir, mantém a produtividade e otimiza recursos. No gotejamento, isso se traduz em mais eficiência e menor consumo de água”, explica Torezani.

Agricultura conectada e controle remoto

A conectividade leva a manutenção preditiva a um novo patamar de inteligência. Por meio de plataformas digitais e aplicativos, é possível monitorar o sistema em tempo real, gerar relatórios e tomar decisões rápidas, mesmo à distância.

“O campo está mais conectado. Hoje, o agricultor não precisa esperar uma falha para agir. Ele antecipa problemas e mantém o sistema sempre no ponto ideal. Essa é a nova fronteira da irrigação por gotejamento”, conclui Torezani.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Fonte: Portal do Agronegócio

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