Agronegócio
Brasil Possui 95 Milhões de Hectares que Demandam Restauração e Pagamento por Serviços Ambientais
O Brasil tem, em média, 95 milhões de hectares de áreas aguardando ações de restauração ou pagamento por serviços ambientais, conforme revelou a 3ª edição do Panorama do Código Florestal, elaborado pelo Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo utiliza tecnologia avançada para monitorar a implementação da Lei Nº 12.651/2012, do Código Florestal, 12 anos após sua revisão.
Do total, 74 milhões de hectares correspondem a vegetação nativa preservada em Reservas Legais (RL), que poderiam gerar pagamentos por serviços ambientais. Outros 21 milhões de hectares representam o déficit de áreas que necessitam de ações de restauração, abrangendo tanto RLs quanto Áreas de Preservação Permanente (APPs), fundamentais para a conservação de recursos hídricos e biodiversidade.
Déficits e Sobreposições: Os Desafios do Cadastro Ambiental Rural
Os dados apontam que, desde 2008, 26% do desmatamento em imóveis rurais ocorreu em APPs ou propriedades com RL abaixo do limite exigido pelo Código Florestal. Os estados mais críticos são Rondônia, Acre, Pará, Roraima e Amazonas, todos localizados na Amazônia Legal.
Outro ponto alarmante é o aumento de registros sobrepostos a terras públicas sem destinação, que saltaram de 12,4% para 18,3% em um ano. Esses registros somam mais de 206 mil hectares, incluindo sobreposições a unidades de conservação e terras indígenas. Segundo os pesquisadores, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ferramenta criada para monitorar propriedades rurais, tem sido usado de forma indevida, permitindo fraudes e grilagem de terras.
“O CAR, em sua forma atual, apresenta sérias limitações técnicas e de fiscalização, como a autodeclaração e o uso de um software obsoleto e desconectado de sistemas mais modernos. Isso prejudica a implementação de programas essenciais, como o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e o Mercado de Cota de Reserva Ambiental (CRA)”, alerta Britaldo Soares Filho, coordenador do estudo.
Atrasos na Regularização
Apesar de mais de 7,3 milhões de propriedades estarem registradas no CAR, apenas 1,8% dos registros foram analisados até o momento. Esse atraso se deve à predominância de processos manuais e ao uso de tecnologias inadequadas, que dificultam a validação das informações declaradas.
O coordenador do estudo reforça que a adoção de tecnologias mais modernas, como as desenvolvidas pelo CSR/UFMG, poderia acelerar a análise e ajudar na identificação de registros fraudulentos. Além disso, mecanismos como o pagamento por serviços ambientais e a rastreabilidade agrícola são considerados essenciais para o cumprimento das exigências legais e para atender às demandas de mercados internacionais.
Impactos e Perspectivas
Os pesquisadores destacam que a falta de progresso na implementação do Código Florestal compromete a sustentabilidade ambiental e econômica do Brasil, além de dificultar a conservação de biomas críticos, como a Amazônia.
“O Brasil dispõe de recursos e inteligência territorial suficientes para corrigir essas deficiências. Contudo, avanços são necessários para transformar o CAR em uma ferramenta eficaz de combate ao desmatamento ilegal e de promoção da regularização ambiental”, conclui Soares Filho.
A implementação plena do Código Florestal é vista como um passo fundamental para garantir a proteção dos recursos naturais e a sustentabilidade da agricultura brasileira, essenciais para o futuro do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
Agronegócio
Clima adverso reduz safra de café no Brasil para 54,2 milhões de sacas em 2024
A safra de café brasileira em 2024 está estimada em 54,2 milhões de sacas de 60 kg, segundo o quarto e último levantamento divulgado nesta terça-feira (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O resultado representa uma queda de 1,6% em relação à safra de 2023, reflexo das condições climáticas adversas que têm desafiado o setor cafeeiro nos últimos anos.
Apesar da redução, o volume é 3,3 milhões de sacas superior ao registrado em 2022, último ano de alta na bienalidade cafeeira. O clima extremo, marcado por estiagens, altas temperaturas e eventos climáticos como geadas, impactou diretamente a produtividade média nacional, que ficou em 28,8 sacas por hectare – 1,9% abaixo da safra anterior.
Desempenho regional e por espécie
Minas Gerais, maior estado produtor de café no Brasil e responsável por 52% da produção nacional, colheu 28,1 milhões de sacas em 2024, uma redução de 3,1% em relação a 2023. O estado enfrentou chuvas escassas e temperaturas elevadas durante o ciclo das lavouras, especialmente a partir de abril, o que prejudicou o potencial produtivo.
Entre as espécies cultivadas, o café arábica teve leve crescimento de 0,2% na produtividade, alcançando 39,6 milhões de sacas de café beneficiado – alta de 1,8% em comparação ao ciclo anterior. No entanto, o conilon apresentou queda de 5,9% na produtividade média, com safra estimada em 14,6 milhões de sacas.
No Espírito Santo, principal produtor de conilon, a produção totalizou 9,8 milhões de sacas, uma redução de 3,1% em relação a 2023. As condições climáticas desfavoráveis no final de 2023, como ondas de calor intensas, limitaram o desempenho da safra, apesar do bom potencial inicial. Rondônia, outro importante estado produtor, registrou uma queda acentuada de 31,2%, com pouco mais de 2 milhões de sacas colhidas, devido ao clima adverso e ajustes no mapeamento das áreas de produção.
Exportações em alta histórica
Apesar das dificuldades na produção, o Brasil registrou um recorde histórico nas exportações de café em 2024, com o embarque de 50,5 milhões de sacas, um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior. O desempenho gerou uma receita de US$ 12,3 bilhões, a maior já registrada, com alta de 52,6% em comparação a 2023.
O crescimento nas exportações foi impulsionado pela valorização do café no mercado internacional, fortalecimento do dólar e ajustes na oferta e demanda global. Adversidades climáticas em outros países produtores também contribuíram para a elevação dos preços no mercado global.
Para mais informações sobre a safra de 2024, a Conab disponibiliza o boletim completo e tabelas detalhadas em seu site oficial.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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