Agronegócio
Como Manter a Fazenda na Família Mesmo com o Desinteresse das Novas Gerações
O desinteresse das novas gerações em assumir a gestão das propriedades rurais tem se tornado uma preocupação crescente. Um estudo de 2021 da Fundação Dom Cabral revela que apenas 16% dos empreendimentos rurais no Brasil são geridos pela terceira geração, e somente 1% pela quarta. Adicionalmente, dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) mostram uma queda de 13% na participação de trabalhadores com até 29 anos no agronegócio ao longo de 12 anos.
O advogado Fabrício Cândido Gomes de Souza, especialista em direito empresarial, agrário e imobiliário, observa um aumento no número de empresários do agronegócio que buscam orientação devido ao desinteresse de filhos e netos em assumir a fazenda familiar. “É comum que nossos clientes relatem a falta de interesse dos sucessores, especialmente aqueles que foram para os centros urbanos e se envolveram com outras profissões”, explica Souza, CEO do escritório Celso Cândido de Souza Advogados.
Para enfrentar esse desafio, Souza recomenda a adaptação da propriedade para modalidades de negócios que não exigem a gestão direta dos herdeiros, como arrendamento ou aluguel de pasto. “Essas alternativas podem facilitar a manutenção da propriedade pela família”, sugere.
Outra solução indicada por Souza é a criação de uma holding familiar, que pode administrar a propriedade. “Nesse modelo, os herdeiros se tornam sócios, e a gestão pode ser realizada por um deles ou por um gestor profissional contratado. Esse arranjo permite também estabelecer condições para a venda da propriedade e protegê-la em caso de matrimônios dos herdeiros”, detalha o advogado.
Souza enfatiza que a venda da propriedade rural deve ser considerada apenas como última alternativa, pois isso pode levar à depreciação do patrimônio construído ao longo de gerações. “Ver o que foi construído ao longo de uma vida inteira e sustentou a família ser dilapidado é extremamente doloroso para os fundadores”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
Agronegócio
Manutenção preditiva revoluciona a irrigação por gotejamento no campo
Tradicionalmente, a manutenção de sistemas agrícolas era feita apenas após a ocorrência de problemas: quando uma falha surgia, a operação precisava ser interrompida para reparos, gerando prejuízos e atrasos. Atualmente, a lógica está mudando. Sensores, monitoramento contínuo e análise de dados permitem que produtores identifiquem falhas antes que elas comprometam a lavoura, transformando a manutenção em uma prática preventiva e estratégica.
No caso da irrigação por gotejamento, pequenas variações de pressão ou fluxo podem indicar desgaste ou obstrução dos emissores. Detectadas precocemente, essas irregularidades podem ser corrigidas antes de afetar a eficiência do sistema, evitando desperdício de água e energia.
“O futuro da irrigação passa por monitoramento contínuo e interpretação de dados. Um pequeno desvio já pode revelar problemas maiores se não for detectado a tempo”, afirma Elidio Torezani, engenheiro agrônomo e diretor da Hydra Irrigações, revenda pioneira da Netafim no Brasil.
Inteligência aplicada à irrigação
A manutenção preditiva depende de tecnologia avançada e análise constante. Sensores instalados ao longo do sistema verificam parâmetros como pressão, vazão e uniformidade da irrigação. Quando algum indicador foge do padrão, o produtor recebe alertas imediatos, permitindo ações rápidas e precisas.
“Esses sistemas tornam a manutenção mais eficiente. É possível identificar um ponto crítico antes que ele comprometa toda a irrigação, reduzindo perdas e aumentando a vida útil dos equipamentos”, destaca Torezani.
Redução de custos e maior previsibilidade
Além de reduzir gastos com reparos emergenciais, a manutenção preditiva transforma a gestão da irrigação. Com dados precisos, o produtor consegue planejar intervenções no momento ideal, evitando interrupções e desperdícios de água.
“Quando o agricultor sabe exatamente quando agir, mantém a produtividade e otimiza recursos. No gotejamento, isso se traduz em mais eficiência e menor consumo de água”, explica Torezani.
Agricultura conectada e controle remoto
A conectividade leva a manutenção preditiva a um novo patamar de inteligência. Por meio de plataformas digitais e aplicativos, é possível monitorar o sistema em tempo real, gerar relatórios e tomar decisões rápidas, mesmo à distância.
“O campo está mais conectado. Hoje, o agricultor não precisa esperar uma falha para agir. Ele antecipa problemas e mantém o sistema sempre no ponto ideal. Essa é a nova fronteira da irrigação por gotejamento”, conclui Torezani.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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