Agronegócio
Demanda por café na União Europeia; confira análises da hEDGEpoint
Os estoques de setembro foram de 9,31 milhões de sacas, e os de outubro foram de 8,44 milhões de sacas, o mais baixo desde dezembro de 2013.
Os estoques atuais estão 5 milhões de sacas abaixo da média, cobrindo apenas 18% da demanda anual, em comparação com 31% em outubro de 2022. A queda é parcialmente atribuída a uma redução de 17% nas importações de setembro de 2023 (3,5 milhões de sacas) e a uma menor relação estoque/uso.
Para o ano agrícola completo (de outubro a setembro), a UE importou 45,6 milhões de sacas, 7% a menos que o ciclo anterior. Apesar das importações mais baixas, os estoques caíram 40%, sugerindo que fatores além das importações contribuem, incluindo uma maior demanda da indústria.
A demanda dos torrefadores pode ser 5% maior do que as estimativas iniciais, atingindo 46,4 milhões de sacas. Além disso, dinâmicas internas, como regulamentações anti-desmatamento, também podem impactar o mercado de café na União Europeia.
Com o lançamento dos estoques de café europeus de setembro e outubro, os resultados do ciclo 22/23 estão finalmente disponíveis, e é uma oportunidade para revisar como a demanda se comportou na União Europeia – a fim de entender como esses indicadores podem se desenvolver no próximo ano.
Primeiro, segundo a hEDGEpoint Global Markets, ao analisar exclusivamente os dados de estoques, tanto os resultados de setembro quanto de outubro impressionam por suas mínimas históricas: os estoques estavam em 9,31M scs no primeiro e 8,44M scs no segundo (Gráfico #1) – o mais baixo desde dezembro de 2013, quando os dados estão disponíveis.
Os estoques estão atualmente 5M scs abaixo da média, e em termos de relação estoque/uso, a métrica se mostra insuficiente em comparação com o ano passado: os estoques atuais podem atender a 18% da demanda de um ano, quando em outubro de 2022 poderiam atender a 31%.
“A queda é parcialmente explicada simplesmente pelos números mais baixos de importação: em setembro de 2023, o bloco importou 3,5M scs, uma queda de 17% em comparação com o mesmo período do ano passado (Gráfico #2). Estoques mais baixos têm sido a norma nos destinos há algum tempo devido aos custos de armazenamento relacionados às taxas de juros mais altas. No entanto, a última atualização chama a atenção pelos números historicamente baixos”, diz Natália Gandolphi, analista de café da hEDGEpoint.
Analisando os dados do ano agrícola (de outubro a setembro), a União Europeia importou 45,6 milhões de sacas, 2,67 milhões de sacas a menos do que as estimativas iniciais para o período, que eram de 48,3 milhões de sacas (Gráfico #3). Isso representa uma diminuição de 7% em comparação com o ciclo 21/22.
“Ainda assim, como discutido anteriormente no texto, os estoques caíram cerca de 5 milhões de sacas no mesmo período (ano a ano e em relação à média histórica), uma mudança negativa de 40%. Portanto, a queda nos estoques é explicada apenas parcialmente pelas importações mais baixas: também é importante considerar uma possível maior demanda de torrefadores, bem como dinâmicas internas específicas do bloco, já que a mesma tendência não é observada em outros destinos (principalmente no Japão, uma vez que os estoques dos Estados Unidos não estão mais disponíveis publicamente)”, observa.
Ao considerar o primeiro caso, isso sugeriria uma demanda 5% maior do que as estimativas iniciais (tanto na comparação anual quanto em relação à projeção de 44,3 milhões de sacas e aos 44,1 milhões de sacas relatadas no último ciclo). Quanto ao segundo caso, novas regulamentações contra o desmatamento também estão alterando o cenário para commodities no bloco, incluindo o café. Consequentemente, essas particularidades também podem ter um impacto adicional.
Em resumo, o mercado de café europeu para o ciclo 2022/2023 revela níveis historicamente baixos de estoque em setembro e outubro, com 9,31 milhões e 8,44 milhões de sacas, respectivamente, o mais baixo desde dezembro de 2013. Os estoques atuais, 5 milhões de sacas abaixo da média, só conseguem atender a 18% da demanda anual, em comparação com 31% em outubro de 2022.
A queda é atribuída a uma redução de 17% nas importações de setembro de 2023, totalizando 3,5 milhões de sacas, e a uma diminuição de 7% no total de 45,6 milhões de sacas importadas no ano. No entanto, a queda de 40% nos estoques não é exclusivamente devido às importações mais baixas, pois fatores como o aumento da demanda da indústria (potencialmente 5% acima das estimativas) e dinâmicas internas, como regulamentações anti-desmatamento, podem contribuir para a redução.
Fonte: hEDGEpoint Global Markets
Fonte: Portal do Agronegócio
Agronegócio
BALANÇA COMERCIAL: Agronegócio bate recorde de exportações em abril, com US$ 15,24 bilhões
Com valor recorde, as vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,24 bilhões em abril de 2024, um valor 3,9% superior na comparação com os US$ 14,67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Esse resultado correspondeu a 49,3% das exportações totais do Brasil.
O saldo de abril foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 17,1%. Em relação aos preços médios dos produtos da agropecuária, houve queda de 11,3%, impossibilitando o registro de um valor ainda mais expressivo nas exportações.
As exportações brasileiras de grãos atingiram um volume próximo de 18,5 milhões de toneladas em abril de 2024, número que corresponde a uma expansão de 6,7% na comparação com os 17,3 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de abril de 2023.
PRODUTOS BRASILEIROS
Segundo os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana, carne bovina in natura, café, algodão não cardado nem penteado e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.
Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do agronegócio brasileiro, a soja em grãos respondeu pela maior parte das exportações do setor. O volume exportado atingiu 14,70 milhões de toneladas, com elevação de 362,4 mil toneladas na comparação com a quantidade embarcada em abril de 2023. A quantidade é a terceira maior já registrada para um mês em toda a série histórica.
A China é o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido praticamente dez milhões de toneladas ou o correspondente a US$ 4,29 bilhões.
Já as vendas externas de carnes brasileiras atingiram US$ 2,21 bilhões em abril de 2024, com crescimento de 27,5% frente às exportações de abril de 2023. Os registros de vendas externas de carne bovina foram de US$ 1,04 bilhão (+69,2%), com forte expansão do volume exportado, que passou de 133,40 mil toneladas para 236,77 mil toneladas no período em análise (+77,5%). Este volume é recorde para os meses de abril. Um dos maiores motivos para a expansão da quantidade exportada está no aumento da demanda chinesa por carne bovina in natura brasileira.
Outro destaque é o complexo sucroalcooleiro, que continua registrando recordes de exportação. Em nenhum mês de abril da série histórica as exportações do setor tinham ultrapassado a cifra de um bilhão.
Nesse mês de abril de 2024, as vendas externas do complexo sucroalcooleiro foram de US$ 1,07 bilhão, número que significou um crescimento de 77,6% na comparação com os US$ 600,07 milhões exportados em abril de 2023. O crescimento foi obtido em função das exportações de açúcar, que quase dobraram em volume (+94,7%), na comparação entre abril de 2023 e 2024.
EXPORTAÇÕES JANEIRO A ABRIL (1º QUADRIMESTRE)
No primeiro quadrimestre de 2024 as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 52,39 bilhões, o que representou crescimento de 3,7% em relação aos US$ 50,52 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior. O aumento na quantidade embarcada é o fator que explica a expansão em valor, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,8%, enquanto o índice de preço caiu 9,6%.
Os principais produtos que explicam o crescimento das exportações no acumulado do ano de 2024 foram: açúcar de cana em bruto (+US$ 2,41 bilhões); algodão não cardado e não penteado (+US$ 1,36 bilhão); café verde (+US$ 958,32 milhões); carne bovina in natura (+US$ 814,62 milhões) e açúcar refinado (+US$ 589,73 milhões). A soma do incremento das vendas externas desses cinco produtos mencionados foi de US$ 6,13 bilhões, enquanto o crescimento das exportações totais foi de US$ 1,87 bilhão.
ACUMULADO DOZE MESES (MAIO DE 2023 A ABRIL DE 2024)
Entre maio de 2023 e abril de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 168,36 bilhões, o que representou expansão de 4,7% em comparação aos US$ 160,86 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.
Dessa forma, os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações brasileiras no período, 1,3 ponto percentual a mais do que a participação do agronegócio nas vendas externas entre janeiro e novembro de 2022.
Fonte: MAPA
Fonte: Portal do Agronegócio
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