Agronegócio

Exportações de Frutas do Paraná Crescem 33% em 2024 e Ultrapassam US$ 14 Milhões

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O Paraná alcançou US$ 14,01 milhões em exportações de frutas ao longo de 2024, registrando um crescimento de 33,9% em relação ao ano anterior, quando o total foi de US$ 10,46 milhões. No período, foram exportados 63 tipos de frutas para 54 países, evidenciando a versatilidade e o dinamismo da produção frutícola do Estado. A classificação considera vendas de frutas in natura, como maçãs e uvas, além de suas versões secas.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC), que forneceu os dados organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o volume total exportado pelo Paraná foi de 14,46 mil toneladas, representando um aumento de 28,2%. Esse resultado torna 2024 o segundo melhor ano da série histórica do Banco de Dados de Comércio Exterior do MDIC, ficando atrás apenas de 2021, quando as exportações somaram US$ 15,81 milhões.

Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o avanço reflete a solidez da produção paranaense. “Este importante aumento da exportação de frutas reflete diretamente a melhoria técnica do setor produtivo do Paraná e os incentivos das políticas públicas, como infraestrutura, fomento e crédito. As missões internacionais também desempenham um papel essencial na abertura de novos mercados”, afirmou Callado.

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Produtos em Destaque

Limões e limas lideraram as exportações de frutas do Paraná em 2024. Foram 8,17 mil toneladas comercializadas, totalizando US$ 10,19 milhões, um aumento de 66,8% no valor exportado em relação ao ano anterior.

Outras frutas de destaque incluem:

  • Bananas: US$ 1,07 milhão
  • Abacates: US$ 581 mil
  • Abacaxis: US$ 425 mil
  • Uvas frescas: US$ 402 mil
  • Melancias: US$ 339 mil
  • Mangas: US$ 264 mil
  • Mamões: US$ 198 mil
  • Caquis: US$ 106 mil

Além disso, a pauta de exportações inclui frutas como melões, maçãs, kiwis, peras, ameixas, pitaias, goiabas, morangos, figos e maracujás, entre outras.

Destinos Internacionais

A União Europeia permanece como o principal destino das frutas paranaenses, com a Holanda desempenhando um papel estratégico como hub de distribuição para o mercado europeu. Em 2024, o país recebeu 7,53 mil toneladas, totalizando US$ 9,73 milhões.

Outros mercados de destaque incluem:

  • Argentina: 4,5 mil toneladas (US$ 2,6 milhões)
  • Uruguai: US$ 454 mil
  • Espanha: US$ 266 mil
  • Paraguai: US$ 174 mil
  • Reino Unido: US$ 170 mil
  • Alemanha: US$ 171 mil
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As frutas do Paraná chegam a todos os continentes, incluindo a Oceania (Palau), África (Angola, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Arábia Saudita, Tailândia e Vietnã), América Central (Panamá) e América do Norte (Canadá).

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Agronegócio busca alternativas para evitar impactos da moratória da UE nas exportações

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A implementação das exigências da Lei de Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), aprovada pela União Europeia (UE) em 2022, está gerando grande preocupação no agronegócio brasileiro. Com o início da aplicação das novas regras programado para 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas e 30 de junho de 2026 para micro e pequenas empresas, o Brasil está intensificando as negociações para evitar uma classificação de “alto risco” de desmatamento. Caso o país seja incluído nesta categoria, as exigências para exportar produtos como soja, carne bovina e café para a Europa se tornariam ainda mais rígidas, impactando diretamente as exportações brasileiras.

A EUDR exige que os produtos comercializados na UE sejam rastreados até a origem, com o objetivo de garantir que não venham de áreas desmatadas após 2020. Para isso, os países exportadores serão classificados em quatro níveis de risco: nulo, baixo, médio e alto, com base nos índices de desmatamento e nas políticas ambientais adotadas por cada um.

Embora o Brasil não deva ser considerado de “baixo risco”, uma posição intermediária seria considerada positiva para o agronegócio nacional, já que facilitaria as exportações, mantendo um nível de rastreabilidade compatível com as exigências europeias.

No entanto, as negociações estão longe de serem simples. A legislação brasileira permite o desmatamento legal em determinadas áreas, desde que as propriedades cumpram exigências como a manutenção de reservas legais – áreas de vegetação nativa que devem ser preservadas nas propriedades rurais.

Na Amazônia, por exemplo, é exigido que 80% da área seja preservada, enquanto em outras regiões a porcentagem pode ser menor. Essa flexibilidade é um ponto de discórdia nas conversas com a União Europeia, que defende a meta de “desmatamento zero”. Para o agronegócio brasileiro, essa abordagem europeia não leva em consideração as particularidades das leis nacionais, que buscam equilibrar o uso agrícola com a preservação ambiental.

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Além disso, a nova categorização de risco introduzida pela EUDR, que agora inclui a classificação de “nulo”, foi vista com preocupação por setores do agronegócio. A medida tem o potencial de beneficiar países que já passaram por um estágio de expansão agrícola, criando um descompasso em relação a nações em desenvolvimento, como o Brasil, que ainda estão avançando em sua produção rural e em busca de práticas mais sustentáveis.

O presidente do Instituto do agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), expressou a preocupação do setor agropecuário em relação à chamada moratória do desmatamento imposta pela União Europeia. Para ele, a imposição de um bloqueio indiscriminado de produtos de áreas desmatadas pode desconsiderar os avanços realizados pelo Brasil na área de sustentabilidade, sem levar em conta o contexto legislativo brasileiro.

Imagem: assessoria

“Temos que entender que o Brasil, ao contrário de outros países, ainda está em um processo de expansão agrícola, e a moratória pode gerar um descompasso. A imposição de regras que não consideram as particularidades da nossa legislação cria um obstáculo adicional ao crescimento do setor”, disse o presidente do IA. Segundo Rezende, o Brasil tem investido significativamente em tecnologias que tornam a produção mais sustentável, mas a pressão da moratória pode inibir esses avanços ao tornar as exportações mais complexas e onerosas.

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Rezende também destacou a necessidade de um diálogo mais equilibrado entre as partes envolvidas. “Acreditamos que uma abordagem mais flexível, que leve em consideração as leis ambientais brasileiras, é fundamental para que possamos manter nossa posição como um dos maiores produtores agrícolas do mundo. A moratória, da maneira como está sendo proposta, é um desafio para o setor, mas seguimos confiantes de que, com negociações justas, conseguiremos chegar a um meio-termo”, disse o presidente do IA.

Esses pontos de divergência devem ser tratados nas próximas rodadas de negociações, previstas para ocorrer entre março e abril deste ano, quando a Comissão Europeia deve detalhar mais claramente os critérios de rastreabilidade e as exigências para cada país. A expectativa do agronegócio brasileiro é de que o país seja posicionado de maneira a garantir uma exportação viável para a UE, sem sobrecargas burocráticas e com uma avaliação justa de suas políticas de preservação e uso da terra.

Dessa forma, o Brasil se prepara para um ano de intensas negociações, com o objetivo de ajustar sua legislação e práticas às exigências europeias, ao mesmo tempo em que busca minimizar os impactos econômicos de uma possível classificação de alto risco. A questão do desmatamento legal será central nas conversas, e o desfecho dessas discussões poderá definir o futuro das exportações brasileiras para o mercado europeu nos próximos anos.

Fonte: Pensar Agro

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