Agronegócio
Instabilidade. Esta é a palavra que rege o mercado internacional de produtos do agronegócio a partir deste fim de semana

A decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 10% sobre importações chinesas e de 25% sobre produtos vindos do Canadá e do México, a partir deste sábado (01.02), gerou um cenário de instabilidade no comércio internacional, com reflexos diretos para o agronegócio brasileiro. As novas taxações reacendem a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo e “podem” impulsionar as exportações de commodities do Brasil, especialmente soja, milho e carne.
A decisão de Trump de retomar a política de tarifas cria um cenário de oportunidades, mas também de grande incerteza para o agronegócio brasileiro. A chance de expandir exportações para a China e o México é real, mas a volatilidade dos preços e o risco de represálias comerciais exigem estratégias bem planejadas por parte dos produtores e exportadores nacionais. Em um mercado global cada vez mais imprevisível, a palavra de ordem é cautela.
Historicamente, a imposição de tarifas entre EUA e China favorece o Brasil como fornecedor preferencial de grãos para o mercado asiático. Durante a guerra comercial de 2018-2019, as compras chinesas de soja brasileira aumentaram significativamente, um movimento que pode se repetir agora. Em outubro, a China já havia aumentado suas importações de soja em 56% em relação ao ano anterior, atingindo 8 milhões de toneladas, refletindo a crescente demanda por proteína animal no país.
O milho também se beneficia do novo cenário. O Brasil superou os Estados Unidos como maior exportador do cereal em 2023 e, diante da nova taxação americana sobre produtos mexicanos, pode ampliar ainda mais sua fatia no mercado. O México, maior importador global de milho, pode aumentar suas compras de cereal brasileiro, aproveitando a competitividade do produto nacional no cenário cambial.
A carne bovina, suína e de frango também podem se beneficiar. Os Estados Unidos são concorrentes diretos do Brasil nas exportações de carnes para a China, e qualquer barreira tarifária sobre os produtos americanos pode favorecer os frigoríficos brasileiros. Hoje, os EUA estão na pior posição de seu rebanho bovino desde os anos 1950, o que os torna ainda mais dependentes de importações, incluindo as do Brasil.
Apesar das oportunidades, a instabilidade no mercado global exige cautela. A reação chinesa às tarifas americanas pode gerar desvalorização cambial do iuan, tornando as importações mais caras e reduzindo o poder de compra da China. Isso pode afetar os contratos futuros de soja e milho, que já apresentaram volatilidade na Bolsa de Chicago (CBOT) nos últimos dias.
As cotações no mercado brasileiro já refletem essa instabilidade. No Rio Grande do Sul, os preços da soja ficaram entre R$ 133,00 e R$ 138,00 a saca. No Paraná, a soja caiu de R$ 131,00 para R$ 130,50 no Porto de Paranaguá. Em Dourados (MS), o milho recuou de R$ 115,50 para R$ 115,00. Os contratos futuros também sentiram o impacto: na CBOT, a soja para março fechou em US$ 10,42/bushel (-0,19%) e o milho caiu 1,68%, para US$ 4,82/bushel.
Outro fator de preocupação é a possibilidade de o Brasil ser alvo de tarifas por parte dos Estados Unidos. O próprio Trump declarou que “o Brasil cobra muito” dos produtos americanos e prometeu medidas recíprocas. Caso isso ocorra, setores como café, suco de laranja, carne bovina e açúcar podem ser prejudicados, já que os EUA são mercados relevantes para essas commodities.
No entanto, analistas avaliam que, ao menos no curto prazo, Trump deve focar suas tarifas em produtos industrializados, como fez em seu primeiro mandato ao taxar o aço brasileiro. O setor agropecuário pode escapar dessas medidas devido à dependência dos EUA de importação de alimentos e à pressão de produtores americanos para evitar aumento nos preços internos.
Fonte: Pensar Agro


Agronegócio
Produtores do Vale do São Francisco criam a primeira cooperativa de manga da região

Após seis meses de mobilização, produtores de manga do Vale do São Francisco se reuniram, no último sábado (15), em Petrolina-PE, para formalizar a criação da Cooper Manga, a primeira cooperativa de manga da região. Esta área, que abrange os municípios de Petrolina, Juazeiro e Casa Nova, na Bahia, é responsável por 87% das exportações nacionais da fruta.
Com 50 produtores iniciais, que cultivam em uma área de 1.500 hectares, a Cooper Manga inicia suas atividades com perspectivas promissoras. Rodrigo Fernandes, um dos idealizadores da cooperativa, afirmou que a organização já possui um estatuto e a primeira diretoria será eleita até o final de abril. “Nosso objetivo é agregar valor à produção, fortalecer a comercialização e o desenvolvimento sustentável, ampliando as oportunidades para a cadeia produtiva”, destacou.
Durante a abertura da reunião, no auditório do Sebrae, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, saudou os participantes e destacou a importância da atitude empreendedora para a região. “Este é um passo crucial para a cadeia produtiva da manga e para o desenvolvimento da nossa região. Embora os primeiros desafios sejam grandes, a perseverança dos associados da Cooper Manga servirá de exemplo para muitas outras associações que surgirão no futuro”, afirmou Lira.
Laianne Macedo, analista do Sebrae-PE, também reforçou o apoio da instituição à nova cooperativa. “O Sebrae está sempre presente em iniciativas que buscam organizar pequenos produtores, pois acreditamos que essa é a melhor forma de superar as barreiras do mercado e fomentar o desenvolvimento regional”, ressaltou.
Em seguida, os produtores assistiram a uma palestra do gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop/PE, Adriano Fassini, que abordou o papel das cooperativas e a importância de um plano de negócios participativo. Fassini também destacou a viabilidade e sustentabilidade econômica, social e técnica da nova organização.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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