Agronegócio
Mercado do açúcar tenta se recuperar, mas enfrenta pressão de fundamentos baixistas e alerta climático no Brasil

O mercado internacional do açúcar busca se recuperar após sucessivas sessões de baixa. Nesta quarta-feira (2), os contratos com vencimento para outubro de 2025 registravam alta de 0,70%, cotados a 15,81 cents de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova Iorque (ICE Futures US). Os contratos de março de 2026 subiam 0,42%, negociados a 16,55 cents/lb.
Em contrapartida, na Bolsa de Londres, o movimento foi de queda: o contrato para agosto de 2025 recuou 0,56%, sendo negociado a US$ 460,10 por tonelada.
Clima no Brasil volta ao centro das atenções
As recentes geadas leves no Centro-Sul do Brasil despertaram preocupação entre analistas e investidores. Apesar de ainda não haver relatos de perdas significativas na lavoura de cana-de-açúcar, o início oficial do inverno acende um sinal de alerta para a produtividade da safra.
De acordo com Lívea Coda, coordenadora de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, o desempenho abaixo do esperado em maio e as geadas recentes levaram a empresa a revisar seus modelos e projeções.
“Apesar das boas condições gerais indicadas pelo Índice de Saúde da Vegetação e de chuvas dentro da média, o TCH (toneladas de cana por hectare) segue abaixo do ideal”, pontua a analista.
Coda também ressalta que o estresse hídrico entre agosto e setembro de 2024 ainda impacta o desenvolvimento da cultura, mesmo com a regularização das chuvas no verão.
Revisão nas projeções de ATR e mix açucareiro
Outro ponto de atenção está nos níveis de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR). O último relatório da UNICA indicou que será difícil repetir os altos índices das safras anteriores.
Com isso, a Hedgepoint reduziu sua estimativa de ATR para 139,8 kg por tonelada. No que diz respeito ao mix de produção, a expectativa é de que 51,3% da moagem continue destinada ao açúcar, caso as usinas mantenham o atual ritmo.
Fundamentos de baixa pressionam o mercado
A tentativa de recuperação dos preços internacionais acontece em meio a fundamentos baixistas, com destaque para a demanda global ainda enfraquecida até maio nas principais regiões consumidoras.
Segundo análise da StoneX, os contratos de julho de 2025 (NY#11) chegaram a operar abaixo de 16 cents/lb, refletindo não só a fraca demanda, mas também a boa perspectiva para a próxima safra 2025/26.
Apesar de uma recuperação técnica de 1,4% no pregão da sexta-feira (20), o viés do mercado continua sendo de baixa. A moagem robusta no Centro-Sul brasileiro e o mix açucareiro favorável reforçam a pressão sobre os preços.
Etanol hidratado sobe no mercado interno
Enquanto o açúcar enfrenta um cenário desafiador, o etanol hidratado voltou a se valorizar no mercado brasileiro. Após semanas de queda, o produto registrou alta, com preços girando em torno de R$ 3,20/litro (base Ribeirão Preto, com impostos) — entre R$ 0,10 e R$ 0,15 acima dos patamares anteriores.
O movimento de alta é atribuído, entre outros fatores, à colheita acelerada da safra de cana-de-açúcar e, principalmente, às tensões geopolíticas no Oriente Médio, que impulsionaram os preços do petróleo.
Esse cenário pode ter levado a uma antecipação de compras no mercado spot, fortalecendo a competitividade do etanol diante de combustíveis fósseis e aumentando sua atratividade na matriz energética nacional.
O mercado do açúcar vive um momento de incertezas, pressionado por fundamentos negativos e por preocupações com o clima no Brasil. Ao mesmo tempo, o etanol desponta como alternativa valorizada no cenário doméstico, impulsionado por fatores externos e dinâmicas internas de oferta. A atenção dos agentes agora se volta à evolução climática no inverno e ao comportamento da demanda global nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Bebidas premium da Patagônia chilena chegam ao Brasil na Prowine 2025

O ProChile, instituição do Ministério de Relações Exteriores do Chile responsável pela promoção comercial do país, amplia sua presença no Brasil com bebidas além dos tradicionais vinhos chilenos. Na Prowine 2025, que acontece em São Paulo de 30 de setembro a 2 de outubro, no Expo Center Norte, das 12h às 19h, serão apresentadas novidades como gin, vodka e bitter, todos produzidos na região da Aysén, na Patagônia chilena.
Exportações de bebidas chilenas para o Brasil em alta
Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações de álcool e bebidas destiladas do Chile para o mundo, incluindo o Brasil, somaram US$ 20 milhões, um aumento de 29,3% em relação ao mesmo período de 2024. Já os vinhos chilenos alcançaram US$ 134 milhões em exportações diretas para o Brasil no mesmo período, alta de 2,3% na comparação com 2024.
Vodka Kaweskar: pureza da Patagônia
A empresa Kaweskar apresenta sua vodka premium, produzida com água das geleiras da Patagônia chilena e batatas nativas da região. O destilado artesanal é resultado de um processo cuidadoso, oferecendo sabor suave e delicado, considerado o mais austral do mundo e um reflexo da pureza do território.
Bitter Onok: licor artesanal da Patagônia
Também da região da Patagônia, o bitter Onok é um licor amargo artesanal feito com frutos e ervas nativas. A bebida vem ganhando projeção internacional e será apresentada para degustação durante a feira.
Gin Tepaluma® Maqui Gin: essência da Carretera Austral
O Tepaluma® Maqui Gin, produzido no coração da Carretera Austral, captura a essência do Maqui, fruto nativo da Patagônia. Destilado em alambique de cobre e macerado com Maqui fresco, o gin apresenta cor rubi intensa, aroma complexo, notas de frutas negras, toque herbal e final cítrico suave, refletindo a riqueza e o caráter selvagem da região.
Vinhos Allá Lejos: produção limitada e exclusiva
A empresa Allá Lejos traz vinhos produzidos na margem sul do Lago General Carrera (Chelenko), cercada por geleiras, montanhas e estepes. Localizados no paralelo 46, os vinhedos enfrentam condições climáticas extremas, resultando em vinhos de edição limitada que refletem a essência indomável da Patagônia.
Qualidade e autenticidade das bebidas chilenas
“Hugo Corales, diretor do ProChile, ressalta que os destilados e vinhos da região de Aysén são produções de pequena escala, elaboradas com matérias-primas de alta qualidade e forte identidade territorial. Essas bebidas premium oferecem rastreabilidade e autenticidade, destacando sua origem e história em relação às grandes marcas internacionais”, afirma.
Parceira comercial entre Chile e Brasil
O ProChile destaca que a parceria comercial entre os dois países se estende por toda a cadeia de alimentos e bebidas. Apenas em exportações de alimentos chilenos para o Brasil, o total chegou a US$ 1,035 bilhão, com destaque para:
- Pesca e aquicultura: US$ 617 milhões (salmão e truta respondendo por US$ 605 milhões)
- Agroalimentos: US$ 284 milhões (maçãs US$ 64 milhões, kiwis US$ 27 milhões e ameixas US$ 21 milhões)
Abertura do evento com autoridades chilenas
A abertura da Prowine 2025 contará com a presença de autoridades, incluindo Vanessa Pohl, Cônsul do Chile em São Paulo; Hugo Corales, Diretor do ProChile; e Christopher Rojas, do Escritório Regional do ProChile de Aysén.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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