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Agronegócio

Óleo de Cana-de-Açúcar Pode Reduzir em 50% Emissões de Gases da Aviação, Aponta Pesquisa

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Pesquisadores do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), descobriram que o combustível sustentável produzido a partir do óleo microbiano derivado da cana-de-açúcar tem o potencial de substituir o querosene de aviação, reduzindo em mais de 50% as emissões de gases de efeito estufa provenientes da aviação. O estudo, publicado na revista científica Bioresource Technology, investigou a conversão do óleo microbiano em combustível sustentável de aviação (SAF) por meio de uma tecnologia de hidroprocessamento de ésteres e ácidos graxos (HEFA), a mesma utilizada na produção de biodiesel.

Tassia Lopes Junqueira, coordenadora do estudo, destaca que a cana-de-açúcar já é utilizada para a produção de etanol, que substitui a gasolina e diminui as emissões veiculares. O novo estudo busca encontrar uma alternativa sustentável ao querosene de aviação, um combustível químico altamente poluente.

Emissões da Aviação e Metas de Redução

O querosene de aviação, combustível predominante na indústria aérea, é responsável por uma significativa emissão de gases de efeito estufa. Em 2023, a aviação civil emitiu 9.943.527 toneladas de CO2e. Para os próximos anos, o setor tem metas rigorosas de redução de emissões. Junqueira reforça a importância de desenvolver diferentes processos e matérias-primas para atender a essas metas.

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Desafios Econômicos e Avanços Tecnológicos

Embora o combustível sustentável de aviação já exista, seu custo atual é quatro vezes maior que o do querosene. Contudo, com o aprimoramento da tecnologia descrito no estudo, espera-se uma redução de custos, tornando o SAF mais competitivo economicamente. “O custo atual do combustível ainda é elevado, cerca de quatro vezes o preço do querosene e duas vezes o do óleo de soja, outra alternativa renovável. No entanto, as melhorias tecnológicas previstas devem tornar o custo mais acessível”, afirma Junqueira.

Além das vantagens econômicas, o novo combustível traz benefícios ambientais substanciais. Ao ser produzido a partir da cana-de-açúcar, ele pode reduzir em mais de 50% as emissões de gases de efeito estufa e ainda permitir que uma área de cana produza quatro vezes mais combustível de aviação que a soja, matéria-prima convencional. “Comparado ao combustível fóssil, a redução de emissões é significativa, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas e eventos climáticos extremos”, conclui a coordenadora.

Processo de Produção do Combustível Sustentável de Aviação
  • A produção do combustível sustentável de aviação a partir da cana-de-açúcar envolve os seguintes passos:
  • Produção do caldo de cana rico em açúcar
  • Conversão do açúcar em óleo por meio de microorganismos (leveduras)
  • Transformação do óleo em combustível sustentável de aviação por processos tradicionais
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Emissões em Campinas

Enquanto o Brasil registrou uma queda de 12% nas emissões de gases de efeito estufa em 2023, impulsionada pela redução do desmatamento na Amazônia, Campinas observou um aumento de 6%, alcançando o maior nível histórico de emissões. Dentro do setor de transportes, a aviação foi responsável pela maior parte das emissões, com um aumento de 17,7% nas emissões em comparação com 2022.

Dados Brutos de Emissões de Gases em Campinas (2023):

  • Aviões e helicópteros: 960.708 tCO2e (+17,7%)
  • Carros: 506.625 tCO2e (+8,3%)
  • Caminhões: 309.768 tCO2e (+2,4%)
  • Veículos comerciais: 89.968 tCO2e (-0,03%)
  • Ônibus: 63.709 tCO2e (-0,7%)
  • Motocicletas: 39.856 tCO2e (+11,2%)
  • Total de transportes: 1.994.110 tCO2e (+9%)

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Dólar acelera frente ao real após anúncio de acordo comercial EUA-China e sinalização cautelosa do Fed

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O dólar à vista abriu o dia em alta no Brasil, repercutindo o fortalecimento da moeda norte-americana frente a várias outras divisas. Na manhã desta quinta-feira, o câmbio comercial era cotado em cerca de R$ 5,3895 por dólar, segundo dados em tempo real.

Nos contratos futuros de primeiro vencimento negociados na B3, o dólar futuro avançava aproximadamente 0,40%.

Acordo comercial entre EUA e China impulsiona mercados cambiais

Durante encontro em Busan, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram um acordo para redução tarifária sobre produtos chineses. As tarifas sobre importações da China devem cair de 57% para 47%. Em contrapartida, China concordou em suspender por um ano controles de exportação sobre terras raras, insumos cruciais para indústrias como automotiva, aeroespacial e de defesa. Também há compromisso de conter o comércio ilícito de fentanil, opioide sintético que tem sido foco das autoridades americanas.

Esse anúncio reforça a busca global por risco reduzido e afeta positivamente diversos pares cambiais, gerando valorização do dólar frente a moedas de países emergentes.

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Influência da política monetária dos EUA

Na véspera, o Federal Reserve (Fed) reduziu sua taxa básica de juros em 25 pontos base, ajustando a faixa para cerca de 3,75% – 4,00%. Essa foi a segunda redução do ano, em meio a sinais de arrefecimento no mercado de trabalho americano. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que cortes adicionais não são garantidos no próximo encontro de dezembro.

A postura cautelosa reduz expectativas de estímulo contínuo, o que impacta mercados globais — especialmente os de títulos públicos dos EUA, cujos rendimentos têm avançado.

Cenário doméstico e implicações para economia e agronegócio

Com o dólar mais caro, importações tornam-se mais onerosas, elevando custos para insumos agrícolas que dependem de componentes importados. Ao mesmo tempo, exportadores do agronegócio podem se beneficiar da conversão em real mais favorável para receitas em dólar.

A variação cambial mais intensa também pressiona setores como fertilizantes, defensivos ou peças agrícolas importadas.

Perspectivas de mercado financeiro

Os mercados internacionais reagiram com cautela: apesar da redução de juros nos EUA, a incerteza quanto a novos cortes assustou investidores, ampliando a aversão ao risco e impulsionando o dólar.

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No Brasil, esse movimento cambial pode agravar pressões inflacionárias, impactando custos de produção no setor agrícola e gerando volatilidade nos contratos futuros de commodities.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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