Agronegócio
Produção de Cana-de-Açúcar no Centro-Sul do Brasil Atinge Terceira Melhor Marca e Traz Otimismo para 2025

O Rabobank divulgou seu relatório mensal sobre o mercado de cana-de-açúcar, destacando que a safra 2024/2025 no Centro-Sul do Brasil já é a terceira melhor da história, podendo alcançar a segunda posição dependendo dos resultados até março de 2025. O levantamento foi realizado por Andy Duff, analista setorial especializado na commodity.
Desempenho da safra e processamento
Até o final de dezembro, o volume de cana-de-açúcar processado no Brasil alcançou 613,6 milhões de toneladas, com 1,7 milhão de toneladas moídas na segunda quinzena do mês. Esse desempenho consagra a safra atual como um marco histórico para o setor, refletindo a resiliência da produção brasileira frente aos desafios climáticos enfrentados nos últimos anos.
Queda na mistura de açúcar e estabilização do etanol
A safra 2024/2025 também registrou uma redução na mistura média de açúcar, que passou de 49,1% no ciclo anterior para 48,2% no período atual. Apesar disso, o mercado apresentou sinais de reequilíbrio, com os preços do etanol hidratado estabilizando-se ao longo de dezembro. O valor do litro do combustível passou de R$ 2,60 no início do mês para R$ 2,70 ao final, o maior patamar registrado desde abril de 2023.
Essa recuperação reflete o aumento da disponibilidade da commodity em 2024, após um ano marcado por desafios de oferta em 2023.
Condições climáticas e perspectivas para 2025
Outro ponto destacado no relatório foi o retorno das chuvas em regiões estratégicas produtoras de cana-de-açúcar durante novembro e dezembro. Essas condições climáticas favoráveis aumentam o otimismo quanto à recuperação das áreas afetadas pela seca e pelos incêndios em 2024.
O desempenho robusto da safra e a estabilização dos preços no mercado de etanol apontam para um 2025 promissor para o setor sucroenergético, consolidando o Brasil como líder global na produção de cana-de-açúcar e seus derivados.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Energia solar no campo: um caminho sustentável e econômico para o agronegócio

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as mudanças climáticas tratam-se de transformações que ocorreram em longo prazo em relação aos padrões atrelados ao tempo (temperatura) e ao clima (organização da temperatura em relação à localização geográfica de um determinado país). Entre as principais causas desse efeito, estão as queimas de combustíveis fósseis, que geram emissões de gases de efeito estufa.
Nesse sentido, de acordo com o professor de história da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luís Marques, o modelo produtivo agrário brasileiro, ao longo do tempo, contribuiu significativamente para a emissão de gases do efeito estufa. Hoje, visando reverter esse cenário, o modelo produtivo majoritário no campo procura alternativas para produzir de forma sustentável.
Energia solar e agronegócio
No território brasileiro, a energia solar está crescendo de forma significativa, especialmente no agronegócio. Atualmente, existem 64 mil sistemas de energia solar instalados nos territórios de campo, atingindo um total de mais de 1,2 gigawatt (GW) de potência. Esses números, por sua vez, atingem valores cada vez mais elevados.
De acordo com o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), estima-se que até o ano de 2050 a geração distribuída traga até R$ 140 bilhões em novos investimentos. Esse movimento, por sua vez, afetará na redução dos custos atrelados às termelétricas, principais fontes de energia no Brasil, algo em torno de R$ 150 bilhões.
Mas como funcionam os sistemas de energia solar, especialmente para o agronegócio? Em síntese, existem dois tipos de sistemas que são amplamente adotados, sendo eles: o on grid e o off grid. O primeiro conecta-se à rede da distribuidora, na medida em que o segundo, como o próprio nome já indica, opera de forma isolada.
É importante ressaltar que os sistemas off grid possuem custo elevado. Como não funcionam integrados à rede de distribuição, necessitam de baterias para funcionar. A energia então gerada pelos painéis solares fica armazenada para o uso em momentos nos quais não há luz solar. Nesse caso, são as baterias que tornam esse sistema caro, além da necessidade de manutenção frequente.
Já o sistema on grid, por sua vez, funciona conectado a uma rede da distribuidora local. Esse processo torna viável a transferência do excedente gerado para essa rede integrada. Esse excedente, então, é restituído em formato de créditos energéticos, que acabam compensando na conta de luz em momentos nos quais é preciso consumir energia diretamente da rede, ou seja, em períodos em que a irradiação solar é baixa.
Esse processo só é viável porque, em 17 de abril de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) declarou a Resolução Normativa (RN) 482. Essa Resolução estabeleceu as regras da geração distribuída. Particularmente, para o agronegócio, esse processo é extremamente benéfico, constituindo uma relação de ganha-ganha.
Como o modelo produtivo faz uso intensivo de energia, especialmente em atividades de irrigação, armazenamento em silos refrigeradores e até mesmo no processamento de produtos, o sistema on grid possibilita reduzir o consumo próprio de energia e ainda criar um banco de energia na rede local.
Todo esse processo resulta em custos de produção muito menores. Embora o valor de investimento inicial possa ser demasiadamente elevado, entre 4 e 7 anos, o investimento retorna em forma de economia de energia.
Além disso, atualmente, há uma série de linhas de financiamento que visam tornar a produção no agronegócio mais sustentável, visando uma produção limpa que caminhe em consonância com o debate relacionado às questões climáticas.
No fim das contas, a energia solar é o futuro do consumo energético por ser a de menor impacto antrópico e, consequentemente, ambiental em relação às demais. A tendência é que o agronegócio faça, com o passar do tempo, bom aproveitamento da geração distribuída, a partir dos sistemas on grid.
Fonte: Conversion + Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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