TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT
Tangará da Serra capacita 24 profissionais como facilitadores de Círculos de Construção de Paz

A Comarca de Tangará da Serra realizou, entre os dias 22 e 24 de setembro, mais uma etapa do Curso de Formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz, capacitando 24 profissionais da educação, psicologia e serviço social para atuar como multiplicadores da Justiça Restaurativa no município.
A iniciativa integra o programa criado pela Lei nº 6.050/2023, que instituiu a política municipal de práticas de construção de paz nas escolas.
O juiz titular da 3ª Vara Cível, Anderson Gomes Junqueira, destacou a relevância da parceria com o município e o engajamento dos participantes.
“Estamos muito animados com essa nova etapa. O município selecionou profissionais vocacionados da educação, que aceitaram o desafio de forma voluntária. Esse comprometimento demonstra empatia e responsabilidade social. Acreditamos que os círculos restaurativos podem transformar a maneira como os conflitos são tratados nas escolas, minimizando problemas e fortalecendo a cultura da paz”, afirmou.
O instrutor Nivaldo Lima, que atua na Justiça Restaurativa do TJMT desde 2017, ressaltou o engajamento da turma.
“Foi um grupo muito participativo, formado por pessoas qualificadas e dispostas a dialogar e aprender coletivamente. A Justiça Restaurativa é uma filosofia de vida, capaz de melhorar relacionamentos e contribuir para a solução de conflitos individuais e comunitários. Essa turma tem grande potencial para multiplicar a cultura da paz”, avaliou.
Durante três dias, os participantes vivenciaram atividades teóricas e práticas, aprendendo as etapas e elementos essenciais para a condução dos Círculos de Construção de Paz.
Para a coordenadora do Ensino Fundamental do município, a formação vai auxiliar os profissionais a lidar diretamente com as demandas do dia a dia.
“A formação nos proporcionou momentos restauradores e reflexivos, reforçando como o acolhimento é fundamental para a formação dos nossos alunos. Nós, da Secretaria Municipal de Educação de Tangará da Serra, estamos muito gratos e dispostos a fazer parte dessa proposta, pois acreditamos que práticas como essa não só fortalecem a comunidade escolar, mas também contribuem para um ambiente mais justo, empático e colaborativo”, explicou a educadora.
Com a formação concluída, os novos facilitadores irão realizar três círculos de prática restaurativa como exercício supervisionado. A comarca já conta com facilitadores formados em edições anteriores, e a nova turma reforça o trabalho desenvolvido sob a coordenação do juiz Anderson Junqueira, incentivador da Justiça Restaurativa no município.
Autor: Vitória Maria Sena
Fotografo:
Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Email: [email protected]


TRIBUNAL DE JUSTIÇA MT
Desembargador Orlando Perri participa de encerramento do projeto Escolhas da Vida em escola estadual

O supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (GMF-MT), desembargador Orlando Perri, participou do encerramento do projeto Escolhas da Vida, com o lançamento do jogo Escolhas do Bem, na última sexta-feira (26 de setembro), na Escola Estadual Professora Eliane Digigov Santana, localizada no bairro Bela Vista, em Cuiabá.
O evento contou com a participação do vice-governador Otaviano Pivetta, do secretário de Educação do Estado, Alan Porto, dos psicólogos e criadores do jogo Escolhas do Bem, Afro Stefanini II e Lieber Faiad, além da comunidade escolar. Eles celebraram a trajetória do projeto, realizado em parceria entre o Executivo e o Judiciário estaduais, que levou palestras com o tema “A vida me escolheu” a sete escolas estaduais de Cuiabá e Várzea Grande, bem como distribuiu os jogos para unidades de toda a Baixada Cuiabana.
“Nós levamos essa ideia ao secretário Alan Porto para que pudéssemos falar com os alunos a respeito da violência, do problema de entrar para uma facção criminosa, falar sobre as agruras de uma prisão, porque muitas vezes eles se deslumbram com aquilo que o crime organizado oferece. Mas é uma ilusão que nós devemos afastar dessas crianças. Então, nós precisamos conversar com elas. […] Nós sabemos que com um projeto dessa natureza não se vai colher frutos a curto prazo, mas nós temos que plantar agora para que, em médio prazo, os índices de violência no estado de Mato Grosso despenquem”, disse o desembargador Orlando Perri.
Para o vice-governador Otaviano Pivetta, o evento na escola representa a união do setor público com um objetivo comum, que é formar as gerações futuras. “A escola precisa ser acolhedora, a escola precisa ter atrativos, a escola precisa ser um ambiente agradável. Os jovens de hoje em dia são muito exigentes, pela própria situação que nós vivemos. Esse é o grande desafio dos dias de hoje: a escola ser acolhedora, atrativa e ensinar nos tempos que nós vivemos, ensinar o conteúdo que os jovens de hoje precisam para ter liberdade, para ter um bom emprego, para ter sua autonomia”, afirmou.
De acordo com o secretário Alan Porto, o projeto em parceria com o GMF-MT tem o intuito de mostrar aos jovens que eles podem ser protagonistas da própria história e que, para isso, devem fazer escolhas. “A escola do Estado de Mato Grosso vai além da sala de aula, além dos conteúdos. A escola hoje trabalha para formar e desenvolver o estudante na questão pessoal, da cidadania, da ética, do respeito, esses valores socioemocionais em que o estudante é protagonista da vida dele e em que as escolhas são muito importantes para que o futuro dele realmente seja promissor, onde ele possa colocar em prática os sonhos deles”.
O jogo – O jogo Escolhas do Bem é um baralho educativo que traz como proposta gerar reflexão, debate e crescimento aos jogadores. O jogo é inspirado em situações do dia a dia dos jovens e traz para as cartas temas como pressão social, desafios emocionais, manipulação digital, crise de identidade, entre outros. Conforme são confrontados com essas situações, os jogadores têm em suas mãos cartas que apresentam opções de escolhas, que podem ser escolhas do bem ou não, fazendo com que o jogador se enxergue como protagonista de sua própria história.
“É um jogo que coloca todos eles ali conversando, debatendo dilemas sobre a criminalidade, sobre os riscos de entrar no mundo das drogas. Por exemplo, existe a manipulação digital, falta de proposta de vida, a questão dos desafios emocionais, a questão da influência tóxica de pessoas. São vários assuntos que entram na vida do jovem cotidianamente, mas, às vezes, não são conversados. E a escola com esse papel educacional, não apenas intelectual, mas emocional, faz isso a partir de um projeto como esse”, explica o psicólogo Afro Stefanini II.
Segundo ele, professores, demais servidores das escolas e representantes de grêmios estudantis foram treinados para colocar o jogo em prática de forma pedagógica nas escolas.
O psicólogo ressalta ainda o contexto maior em que o jogo esteve inserido, que foi o projeto Escolhas da Vida. “É o incentivo a escolhas positivas, a partir de um mecanismo pedagógico funcional. A partir do momento que o jovem tem capacidade de pensar naquilo que acontece com ele, de ver consequências, ele tem instrumento para fazer escolhas melhores, evitando entrar no mundo do crime, evitando entrar nas drogas e assim sucessivamente”, afirma.
A diretora escolar Alcimária Ataides da Costa avalia que a iniciativa tem contribuído para a formação dos estudantes. “O jogo Escolhas da Vida veio acrescentar ainda mais dentro do programa que nós já temos, que é uma das políticas socioemocionais para todas as unidades escolares, que é fazer com que, a partir de um jogo lúdico, de cartas, um jogo bem versátil, fazer com que os estudantes possam refletir sobre as suas ações, sobre as suas escolhas para a vida, para a sociedade, nos ambientes escolar e familiar”.
O estudante do 1º ano do Ensino Médio da Escola Eliane Digigov, Davi Pereira, 15 anos, conta sua experiência com o jogo. “Foi muito fundamental, pois ele ensina muito sobre o que acontece hoje em dia entre as escolas, onde acontece bullying, preconceito, gordofobia, até xenofobia. O jogo ensina a fazer as escolhas e fala a melhor maneira de combater o racismo, o bullying, a xenofobia, etc. Ele ensina sobre as melhores maneiras de se expressar com outras pessoas para resolver da melhor maneira o bullying, entre outras situações”.
Autor: Celly Silva
Fotografo:
Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Email: [email protected]
-
MATO GROSSO7 dias atrás
Em 10 dias de operação, equipes aplicam R$ 78 milhões em multas por crimes ambientais no Norte de MT
-
POLÍTICA MT4 dias atrás
Segunda etapa das metas físicas apresentadas na ALMT inclui pastas da saúde, educação e infraestrutura
-
MATO GROSSO7 dias atrás
Câmeras do Vigia Mais MT auxiliam na prisão de suspeito de violência doméstica em Várzea Grande
-
CUIABÁ6 dias atrás
Sine Municipal tem 912 vagas de emprego com 400 sem necessidade de experiência
-
CUIABÁ6 dias atrás
Prefeitura de Cuiabá adota ações para recuperar capacidade de investimentos
-
POLÍTICA MT5 dias atrás
Poder Legislativo aprova lei que exige banners digitais de pessoas desaparecidas em eventos esportivos e culturais
-
CUIABÁ6 dias atrás
Prefeitura de Cuiabá convoca 03 candidatos aprovados em Processo Seletivo Simplificado
-
POLICIAL7 dias atrás
Polícia Civil ouve militar que confessou assassinato de personal trainer em Várzea Grande